quarta-feira, 13 de abril de 2016

Folha em branco?







Insisto em contradizer cientistas e religiosos, 
definitivamente não nascemos sendo uma folha em branco. 
Ao contrário,  carregamos já ao nascer uma bela história desenhada em nossos corações. 
Declamamos nossa poesia nata a cada respiração, a cada sorriso ou choro. 
Se todos pudessem reler a história pessoal original, 
aquela que já é trazida no intimo antes do primeiro esplendor.
Como gostaria que fossemos impostos a menos vírgulas e pontos em nossos escritos interiores.
Que as reticências inconclusas de relações incertas fossem completadas ou substituídas por predicados  mais amenos e afetuosos.
Se existissem menos interrogações alheias e mais exclamações vivas! 
Mais escolhas em favor da vida, não da sorte, do infame acaso que insiste em randomizar as letras de nossa própria narrativa. 
Como seríamos mais felizes se apagássemos as letras tortas, aquelas que insistem em relacionar nossa alegria as expectativas do outro, amargando o agora.
Como seria bom se tudo pudéssemos, sem medo de arriscar, de errar, voaríamos alto, longe, distante, ao som tranquilo do vento e perto do calor acolhedor do sol.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Afinal, o que é saúde?


                    





               



                     Saúde é um dos conceitos mais difíceis de se estabelecer, pois varia muito entre culturas, povos e nações. Para OMS, saúde  é "um estado de completo bem-estar físico, mental e social". Percebe-se que por muito tempo o conceito de saúde era estatístico, ou seja, limitava-se a ausência de doenças, que correspondia a tudo que estivesse fora da curva de normalidade de Gauss.         
          Evidentemente pelo conceito da OMS, poucas pessoa teriam saúde, pois esse estado conceito é praticamente impossível de existir em conjunto, algo utópico, contudo mais sistêmico que o antigo conceito cartesiano de anormalidade funcional de órgãos. A saúde, segundo Naomar Filho, é um problema simultaneamente filosófico, científico, tecnológico, político e prático.              
                   Reconhecemos que a saúde é  um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos.
                 Ainda segundo a OMS, a saúde depende da relação do indivíduo na sociedade, o que bem é verdade. Pois indivíduos organicamente saudáveis se inseridos em ambientes hostis, não terão  bem estar por completo.                
             Em resumo, o conceito de saúde é muito complexo, subjetivo e amplo, sendo qualquer tentativa de restringi-lo a métodos estatísticos  e a funcionalidade de órgãos uma limitação filosófica e até espiritual do ser, do homem em relação a sua própria natureza, da vida em detrimento da simples matéria em constante movimetação/transmutação. Cuidar da matéria não significa, necessariamente, velar pela saúde.É preciso ainda reconhecer, necessitamos de menos intervenção hospitalar e mais cuidado em saúde, zelo e reverência a vida.