sábado, 6 de junho de 2015

Fio da vida




Repentinamente o tempo sorriu para mim
Uma risada alta, volumosa, desconcertante
Lembrou-me de minha pequenez diante da vida
Da construção das galáxias e dos universos
De forma incisiva, direita, ríspida e penetrante
Uma navalha a deslizar em meu coração
O estridor em em sua voz jogava-me ao solo
Senti toda minha insuficiência arrogante desfazer-se
Congelei os dentes
Travei as pernas
Submergi ao subsolo de meus sentimentos
Recluso em minha diminuta existência
Preso ao pequeno fio da vida