quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pedra Bruta


 Olhar firme no interior com cautela
 Aqui jaz grande pedra rústica
Com salientes deformidades e pontas
Com temor, respeito suas sombras

Armado estou com o cinzel e o maço
Com duros golpes inicio o desbastamento
Faíscas e gritos saltam aos lábios
São a dores de profanos anos perdidos

Ao amanhecer, tudo justo e medido, início os trabalhos
 Com cautela, as arestas formadas, observo
De dia e de noite trabalho
Assusto o vício
 Virtudes  adquiro

Início o polimento
Em um humilde trabalho
A luz, caminhos abro
Da Ilusão a realidade
Permito prevalecer à verdade

sábado, 20 de agosto de 2011

Sociedade dos Poetas Mortos

                                ...  Depois de 22 anos do filme!!Assim registro minhas lembranças...


Onde estão os poetas adormecidos de outrora?
Sociedade de poetas mortos
Oprimidos
Engasgados
Perdidos
Caminham silenciosamente por todos os lugares
Nas ruas, no trabalho, parques e escolas
Tudo observam e admiram
Encantam-se, mas não escrevem o que notam

Onde adormecem os poetas de outrora?
No amor reprimido
Nas opressões diárias
Na  acelerada marcha da vida
No desgaste inadiável  diário
Onde posso encontrar a doçura de outrora?

Ressuscitem poetas adormecidos
O mundo lhes exigem vida
Externem a doçura da vida
Devolvam o canto aos pássaros
Dêem ao Ar o vento
Espalhem a poeira 
Entreguem-se a imaginação


Afastai-vos do espesso véu da vida
Como não registrar o suave e delicado ar que rompe fronteiras e expande nossos pulmões?
A calmaria que vem das batidas da morada do fogo interior?
O som dos acordes de um violão?
A canção no meio da escuridão?

Sociedade dos poetas mortos
Vencei os obstáculos
Mantenham-se firmes no propósito
Semeando esperança
Adoçando amargas vidas
Devolvendo ao mundo a alegria advinda dele.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Esquina sombria




Sombria esquina
Rastro de sangue na pista
Moto no chão
Tórax instável
Espírito dilacerado
Lamentação em vão

Olhar fixo e midriático
 Estetoscópio na mão
Óbito comprovado
Triste constatação

Mais uma vida perdida
Lagrima contida
Lembranças oprimidas
Sem tempo para reflexão
Seguimos nossa missão

sábado, 13 de agosto de 2011

Proteção Divina


Protege-me  pai de meu ser corporal
Ilumina a escuridão que se encerra em meu ser
Dai-me sabedoria nas conclusões oriundas da minha percepção
que esta não ludibrie meu pensar

Protege-nos  pai de  nossa má vontade
e do  mal uso do nosso livre-arbítrio
Ajuda-me a tua luz espalhar
Ajuda-nos a vencer as barreiras da ociosidade

Sou um Ser intelectual e espiritual, enclausurado em uma casca sensorial
Indigno  até de pensar em ti
Mesmo assim, para aqueles que te abrem a porta
Tu ainda sopras teu amor misericordioso
Vento forte que vem do oriente
Clareando-nos a mente
Dando-nos sentido a existência




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Liberdade


Liberdade
Antes mesmo de te conhecer, tu já me conhecias
Suave e doce é o teu nome
Doloroso e amargo são teu sabor e tua conquista
Tortuosos são os caminhos que nos desviam de ti
Liberdade ainda que tardia
Liberdade
Quantos não morreram por ti
Quantos foram privados de te dar ação
Quantos homens livres não entenderam tua essência
Quantos se ofuscaram com tua luz
Liberdade ainda que tardia
Liberdade
Tua lei é universal
Teu germe habita no interior do homem
Pode este te deturpar
Mas nunca te apagar
A todos os homens clamo:
Liberdade ainda que tardia