domingo, 26 de abril de 2015

Como superar o assitencialismo de forma real em épocas de crise?


                 










"Temos que iniciar a substituição do assistencialismo para o empreendedorismo social, promovendo desenvolvimento econômico independente do Estado, de forma auto-sustentável, ética, e com grande impacto na alavancagem social de comunidades carentes"



São indiscutíveis os avanços e ganhos sociais da política assistencialista brasileira implantada nos últimos 15 anos, o cenário do país na ocasião tinha poucas soluções e condições para promover o bem estar social coletivo de forma tão acelerada. Contudo, vivenciamos atualmente alguns aspectos negativos desse puro esforço assistencial, como a dependência excessiva do Estado no financiamento e soluções de todas as mazelas sociais. Assim, sem alternativas, em um cenário de crise econômica, pode ocorrer um colapso social desse modelo a ponto de colocar em xeque todas as conquistas da última década, culminando com geração massiva de desemprego.
A grande pergunta e incerteza que vivemos são quando o governo deverá iniciar a substituição da atual política assistencial e sua gama de programas para algo mais sustentável no longo prazo e que continue impactando vidas?
      A transição deve ser iniciada de imediato através de políticas de incentivo ao empreendedorismo social. Tendo como inspiração os trabalhos de Muhammad Yunus com sua política de microcrédito sem fins lucrativos em países pobres para o desenvolvimento econômico local, movimentando atualmente bilhões de reais com taxa de recuperação de 98%, outros setores foram reproduzindo o modelo como a saúde, educação e comunicação em todo o mundo.
         Os negócios sociais são empresas que ao invés de focar na maximização dos lucros, focam na maximização do bem estar de comunidades, com os lucros sendo revertidos no próprio desenvolvimento da oferta de serviços ou na abertura de novos negócios sociais. Difere das organizações não governamentais por serem auto-sustentadas, não dependendo de financiamento governamental. Difere também de serviços populares, pois a idéia é entregar produtos de alta qualidade a grupos específicos populacionais com baixo custo, e os lucros e dividendos não são divididos entre os acionistas, mas reinvestidos em melhorias sociais.
          Empresas sociais na saúde e educação são alternativas para ofertar serviços de alta qualidade e baixo custo para populações carentes, sendo auto-sustentável, promovendo desenvolvimento local com aumento de empregos e impactando vidas com a oferta de serviços essenciais. Ao mesmo tempo é uma solução adequada para superar a crise que vive esses dois segmentos de grande carência e complexidade.

         Temos que iniciar a substituição do assistencialismo para o empreendedorismo social, promovendo desenvolvimento econômico independente do Estado, de forma auto-sustentável, ética, e com grande impacto na alavancagem social de comunidades carentes.
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domingo, 12 de abril de 2015

Entenda a Lei da Terceirização sem viés ideológico









O que é terceirização?


Terceirização significa a contratação de terceiros, por parte de uma empresa, para realização de atividades gerais (Soares,A.J).O sentido de “terceiro” no fenômeno da terceirização não se resume a sua conotação jurídica (aquele que é estranho a uma relação jurídica entre duas pessoas), mas ao significado usado no campo da administração de empresas: aquele outrem, para quem é descentralizada as atividades da empresa (Delgado, M.G)

Qual a vantagem de Terceirizar?

A curto prazo um contrato de terceirização sempre é mais oneroso que contratar diretamente, contudo, com a especialização das empresas em determinados nichos, é possível no médio/longo prazo uma otimização de custos (eficiência) e desburocratização de processos.Contudo a principal vantagem para qualquer empresa, no mercado competitivo atual, é fazer a com que esta se concentre em "seu negócio", permitindo gerir melhor seus produtos. 

Onde ocorre terceirização?

Em vários setores além de limpeza e segurança (o que a maioria vê). Todas a montadoras de veículos possuem diversas empresas terceirizadas, uma se concentra no pneu, outra no motor, outra no câmbio,etc..a mesma coisa ocorre em celulares, computadores e empresas como a Nike que apenas gerenciam a marca sem possuir nenhuma indústria. Com a exigência atual dos consumidores e o crescente conhecimento cientifico, fica impossível uma única empresa ser detentora de todo conhecimento e habilidades necessárias para entrega de produtos.

A lei acaba com concurso público?

Não. A lei refere-se a SOCIEDADES EMPRESARIAS, o que exclui órgãos públicos,autarquias e fundações.

A lei reduz direitos trabalhistas?

Não. As leis trabalhistas para o terceirizado são as mesmas para o contratato direto regidos pela CLT, inclusive com a segurança que a empresa tomadora do serviço responde subsidiariamente ou solidariamente por isso, tendo o dever de fiscalizar a empresa contratada.

A lei reduz emprego?

Não é verdade. Ao contrário, a lei aumentará o emprego pois tirará muita gente da informalidade, como "PJtizações", muito comum na área da saúde, por exemplo. Além disso, fomentará a criação de várias  pequenas empresas que poderão se especializar em determinados setores  e ofertar seus serviços com melhor qualidade, gerando mais receitas para o Estado, consequentemente mais emprego e retorno social para a população.


Porque terceirizar atividade-fim?

No cenário atual, faz-se necessário, por exemplo, em uma grande construção, a empresa responsável ter que contratar empresas de engenheria especializadas em determinados setores, de TI da mesma forma, hospitais contratar serviços médicos ultraespecializados, e assim várias outras industrias necessitam "comprar" certos conhecimentos mesmo sendo em suas atividades fim. 



Existe algo que pode ser melhorado na lei?

Sim. Melhor definição de atividade fim e meio e maior clareza na aplicação em empresas públicas e sociedades de economia mista devida a essas últimas serem muito vulneráveis ao cenário politico com apadrinhamentos e afins. Apesar que a atual regra também não vem driblando isso, só lembrar os escândalos do BNB, BNDS, Petrobras, Correios, Caixa, entre outras. Poderia ser uma oportunidade de repensar melhor sobre essas grandes Estatais, pois a atual relação muitas vezes tem sido danosa  e onerosa a população.






quinta-feira, 2 de abril de 2015

Uma paixão de cristo diferente.












...porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo ( João 4:4)






          Entre jejuns e sacrifícios típicos do período, esse ano resolvi ver a páscoa por uma nova perspectiva. Ao invés de me ater ao sacrifício, dor e martírio de Jesus humano, decidi ver todo esse cenário pela ótica que  cristo realmente quis que víssemos. Afinal, qual foi o último ato de Jesus as vésperas de sua prisão? Como reagiríamos diante da iminência da morte?

          Bom, Jesus novamente vai de encontro ao senso comum diante dessas situações, ao invés de recolher-se a solidão e refugiar-se lamentando a dor da traição, ele resolveu fazer um grande banquete que popularizou-se como a santa ceia. Resolveu está entre os que ele amava, sentir pela ultima vez a doçura do sorriso humano com o tempero de uma deliciosa refeição e bom vinho!!

         Fico imaginando Jesus bebendo e comendo fartamente naquela noite, contando histórias e motivando seus discípulos a amar a vida, sua mensagem afinal era que vale a pena viver, vale a pena está entre os que amamos!! Ele ainda nos alerta que certamente ocorrerão tropeços nas relações humanas, que é natural, contudo a todos é dado um grande poder chamado perdão!! Sim, a capacidade de perdoar é um dos maiores poderes do ser humano, pois nos liberta do cativeiro da dor passada para vivermos um presente pleno e um futuro repleto de esperança.

       Não era propósito de Jesus o foco em sua morte real e no sacrifício, vejo a paixão como uma oportunidade de focar o próximo, de nos doarmos mais para construção de um mundo mais justo e humano. Vejo ainda na paixão um homem que nos convida a vivermos com plenitude equilibrada e de forma amorosa, com fervor na relações humanas e familiares. 

        Na cena de seu sacrifício, há ainda uma mensagem muito especial: Cuidem uns dos outros, mantenham-se unidos, amem o  oprimido, lutem pela justiça social e vocês participarão do grande banquete comigo em breve!!

          Há muita Vida na morte de Jesus para ficarmos tristes, com isso ele nos convida a ter abundância, sermos felizes e ceiar com pessoas amadas de forma farta e alegre. Nessa ceia não jejuarei, ao contrário, celebrarei com minha família o precioso dom da vida. Não verei a morte como um ser humano, mas sob a perspectiva do nazareno que disse:    

" No mundo tereis aflições, mas mantenham o bom ânimo, pois eu venci o mundo" ( João 16:33)