sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cidadãos,não vestibulandos!!


                      Temos que desconstruir o atual falso saber, criar homens de espíritos livres, seres pensantes.Nossa escola infelizmente esqueceu a missão de "Educar", aprendemos física quântica, geometria analítica, conhecemos o papel da mitocôndria e do cloroblasto, aprendemos  crase, mas não aprendemos a construir e organizar nosso pensamento para um determinado fim (esquecemos a oratória e a dialética!!).As escolas ensinam ilusões com cores da verdade, assim a formação do cidadão fica esquecida!! Quanto tempo perdido com "Bizus" em salas de aula., por quanto tempo continuaremos sendo afastados do verdadeiro saber na escolas que frequentamos?? Onde aprendemos as leis do Pais, cidadania, meio ambiente, ética, política, leis de trânsito, matemática, física e química aplicada ao cotidiano, a pensar (filosofia) e a raciocinar (lógica)?? Educação mercatilísta, desumana, fria e objetiva...Gostaria de ter vivido em um tempo no qual pudesse contemplar o desconhecido através do pensamento, de olhar para o céu em busca de respostas durante a infância,sem precisar recorrer ao "google", sabemos quase tudo e  ao mesmo tempo nada diante do todo...Precisamos formar cidadãos, não  vestibulandos, caso contrário destruíremos os alicerces do  desenvolvimento natural do homem.
Deixo abaixo um texto de platão chamado "Mênon" para complementar o que disse:


O diálogo

Mênon: - Seja, Sócrates! Entretanto, o que é que te leva a dizer que nada aprendemos e que o que chamamos de saber nada mais é do que recordação? Poderias provar-me isso?
Sócrates: - Não faz muito, excelente Mênon, que te chamei de habilidoso! Perguntas se te posso ensinar, quando agora mesmo afirmei claramente que não há ensino, mas apenas reminiscência; estás procurando precipitar-me em contradição comigo mesmo!
Mênon: - Não, por Zeus, caro Sócrates! Não foi com essa intenção que fiz a pergunta, mas apenas levado pelo hábito. Todavia, se te é possível mostrar-me de qualquer modo que as coisas de fato se passam assim como o dizes, demonstra-mo, pois esse é o meu desejo!
Sócrates: - Não é uma tarefa fácil o que pedes; fá-la-ei, entretanto, de boa vontade, por se tratar de ti. Chama a qualquer um dos escravos que te acompanham, qualquer um que queiras, a fim de que por meio dele eu possa fazer a demonstração que pedes.
Mênon: - Com prazer. (Dirigindo-se a um de seus escravos moços): Aproxima-te!
Sócrates: - Ele é grego e fala grego?
Mênon: - Sim; nasceu em minha casa.
Sócrates: - Então, caro Mênon, presta bem atenção, e examina com cuidado se o que ele faz com meu auxílio é recordar-se ou aprender.
Mênon: - Observarei com cuidado.
Sócrates: - (Voltando-se para o escravo ao mesmo tempo que traça no solo as figuras necessárias à sua demonstração): Dize-me, rapaz: sabes o que é um quadrado?
Escravo: - Sei.
Sócrates: - Não é uma figura, como esta, de quatro lados iguais?
Escravo: - É.
Sócrates: - E estas linhas, que cortam o quadrado pelo meio, não são também iguais?
Escravo: - São.
Sócrates: - Esta figura poderia ser maior ou menor, não poderia?
Escravo: - Poderia.
Sócrates: - Se, pois, este lado mede dois pés e este também dois pés, quantos pés terá a superfície deste quadrado? Repara bem: se isto for igual a dois pés e isso igual a um pé, a superfície não terá de ser o resultado de uma vez dois pés?
Escravo: - Terá.
Sócrates: - Mas este lado mede também dois pés; portanto a superfície não é igual a duas vezes dois pés?
Escravo: - É.
Sócrates: - A superfície por conseguinte mede duas vezes dois pés?
Escravo: - Mede.
Sócrates: - E quanto iguala duas vezes dois pés? Conta e dize!
Escravo: - Quatro, Sócrates.
Sócrates: - E não nos seria possível desenhar aqui uma outra figura, com área dupla e de lados iguais como esta?
Escravo: - Sim, seria.
Sócrates: - E quantos pés, então, mediria a sua superfície?
Escravo: - Oito.
Sócrates: - Bem; experimenta agora responder ao seguinte: que comprimento terá cada lado da nova figura? Repara: o lado deste mede dois pés, quanto medirá, então, cada lado do quadrado de área dupla?
Escravo: - É claro que mede o dobro daquele.
Sócrates: - (A Mênon): Vês, caro Mênon, que nada ensino, e que nada mais faço do que interrogá-lo? Este rapaz agora pensa que sabe quanto mede a linha lateral que formará o quadrado de oito pés. És da minha opinião?
Mênon: - Sou.
Sócrates: - Mas crês que ele de fato saiba?
Mênon: - Não, não sabe.
Sócrates: - Mas ele está convencido de que o quadrado de área dupla tem também o lado duplo, não é?
Mênon: - Está, sem dúvida.
Sócrates: - Observa como ele irá recordando pouco a pouco, de maneira exata. Responde-me (disse voltando-se para o escravo): tu dizes que uma linha dupla dá origem a uma superfície duas vezes maior? Compreende-me bem: não falo de uma superfície longa de um lado e curta de outro. O que procuro é uma superfície como esta, igual em todos os sentidos, mas que possua uma extensão dupla, ou mais exatamente, de oito pés. Repara agora se ela resultará do desdobramento da linha.
Escravo: - Creio que sim.
Sócrates: - Será, pois, sobre esta linha que se construirá a superfície de oito pés, se traçarmos quatro linhas semelhantes?
Escravo: - Sim.
Sócrates: - Desenhemos então os quatro lados. Esta é a superfície de oito pés?
Escravo: - É.
Sócrates: - E agora? Não se encontram, porventura, dentro dela estas quatro superfícies, das quais cada uma mede quatro pés?
Escravo: - É verdade!..
Sócrates: - Mas então? Qual é esta área? Não é o quádruplo?
Escravo: - Necessariamente.
Sócrates: - O duplo e o quádruplo são a mesma coisa?
Escravo: - Nunca, por Zeus!
Sócrates: - E que são, então?
Escravo: - Duplo significa duas vezes; e quádruplo, quatro vezes.
Sócrates: - Por conseguinte, esta linha é o lado de um quadrado cuja área mede quatro vezes a área do primeiro?
Escravo: - Sem dúvida.
Sócrates: - E quatro vezes quatro dá dezesseis, não é?
Escravo: - Exatamente.
Sócrates: - Mas, então, qual é o lado do quadrado da área dupla? Este lado dá o quádruplo, não dá?
Escravo: - Sim.
Sócrates: - A superfície de quatro pés quadrados tem lados de dois pés?
Escravo: - Tem.
Sócrates: - O quadrado de oito pés quadrados é o dobro do quadrado de quatro e a metade do quadrado de dezesseis pés, não é?
Escravo: - É.
Sócrates: - E seu lado, então, não será maior do que o lado de um e menor do que o de outro desses dois quadrados?
Escravo: - Será.
Sócrates: - Bem; responde-me: este lado mede dois pés e este quatro?
Escravo: - Sim.
Sócrates: - Logo, o lado da superfície de oito pés quadrados terá mais do que dois e menos do que quatro pés.
Escravo: - Tem.
Sócrates: - Experimenta, então, reponder-me: qual é o comprimento desse lado?
Escravo: - Três pés.
Sócrates: - Pois bem: se deve medir três pés, deveremos acrescentar a essa linha a metade. Não temos três agora? Dois pés aqui, e mais um aqui. E o mesmo faremos neste lado. Vê!, agora temos o quadrado de que falaste.
Escravo: - Ele mesmo.
Sócrates: - Repara, entretanto: medindo este lado três pés e o outro também pés, não se segue que a área deve ser três pés vezes três pés?
Escravo: - Assim penso.
Sócrates: - E quanto é três vezes três?
Escravo: - Nove.
Sócrates: - E quantos pés deveria medir a área dupla?
Escravo: - Oito.
Sócrates: - Logo a linha de três pés não é o lado do quadrado de oito pés, não é?
Escravo: - Não, não pode ser.
Sócrates: - E então? Afinal, qual é o lado do quadrado sobre que estamos discutindo? Vê se podes responder a isso de modo correto! Se não queres fazê-lo por meio de contas, traça pelo menos na areia a sua linha.
Escravo: - Mas, por Zeus, Sócrates, não sei!
Sócrates: - (Voltando-se para Mênon): Reparaste, caro Mênon, os progressos que a sua recordação fez? Ele de fato nem sabia e nem sabe qual é o comprimento do lado de um quadrado de oito pés quadrados; entretanto, no início da palestra, acreditava saber, e tratou de responder categoricamente, como se o soubesse; mas agora está em dúvida, e tem apenas a convicção de que não o sabe!
Mênon: - Tens razão.
Sócrates: - E agora não se encontra ele, não obstante, em melhores condições relativamente ao assunto?
Mênon: - Sem dúvida!
Sócrates: - Despertando-lhe dúvidas e paralisando-o como a tremelga, acaso lhe causamos algum prejuízo?
Mênon: - De nenhum modo!
Sócrates: - Sim, parece-me que fizemos uma coisa que o ajudará a descobrir a verdade! Agora ele sentirá prazer em estudar este assunto que não conhece, ao passo que há pouco tal não faria, pois estava firmemente convencido de que tinha toda razão de dizer e repetir diante de todos que a área dupla deve ter o lado duplo!
Mênon: - É isso mesmo.
Sócrates: - Crês que anteriormente a isto ele procurou estudar e descobrir o que não sabia, embora pensasse que o sabia? Agora, porém, está em dúvida, sabe que não sabe e deseja muito saber!
Mênon: - Com efeito.
Sócrates: - Diremos, então, que lhe foi vantajosa a paralisação?
Mênon: - Como não!
Sócrates: - Examina, agora, o que em seguida a estas dúvidas ele irá descobrir, procurando comigo. Só lhe farei perguntas; não lhe ensinarei nada! Observa bem se o que faço é ensinar e transmitir conhecimentos, ou apenas perguntar-lhe o que sabe. (E, ao escravo): Responde-me: não é esta a figura de nosso quadrado cuja área mede quatro pés quadrados?
Escravo: - É.
Sócrates: - A este quadrado não poderemos acrescentar este outro, igual?
Escravo: - Podemos.
Sócrates: - E este terceiro, igual aos dois?
Escravo: - Podemos.
Sócrates: - E não poderemos preencher o ângulo com outro quadrado, igual a estes três primeiros?
Escravo: - Podemos.
Sócrates: - E não temos agora quatro áreas iguais?
Escravo: - Temos.
Sócrates: - Que múltiplo do primeiro quadrado é a grande figura inteira?
Escravo: - O quádruplo.
Sócrates: - E devíamos obter o dobro, recordaste?
Escravo: - Sim.
Sócrates: - E esta linha traçada de um vértice a outro da cada um dos quadrados interiores não divide ao meio a área de cada um deles?
Escravo: - Divide.
Sócrates: - E não temos assim quatro linhas que constituem uma figura interior?
Escravo: - Exatamente.
Sócrates: - Repara, agora: qual é a área desta figura?
Escravo: - Não sei.
Sócrates: - Vê: dissemos que cada linha nestes quatro quadrados dividia cada um pela metade, não dissemos?
Escravo: - Sim, dissemos.
Sócrates: - Bem; então quantas metades temos aqui?
Escravo: - Quatro.
Sócrates: - E aqui?
Escravo: - Duas.
Sócrates: - E em que relação aquelas quatro estão para estas duas?
Escravo: - O dobro.
Sócrates: - Logo, quantos pés quadrados mede esta superfície?
Escravo: - Oito.
Sócrates: - E qual é seu lado?
Escravo: - Esta linha.
Sócrates: - A linha traçada no quadrado de quatro pés quadrados, de um vértice a outro?
Escravo: - Sim.
Sócrates: - Os sofistas dão a esta linha o nome de diagonal e, por isso, usando esse nome, podemos dizer que a diagonal é o lado de um quadrado de área dupla, exatamente como tu, ó escravo de Mênon, o afirmaste.
Escravo: - Exatamente, Sócrates!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vida breve




Vida única
Tormenta  aberta
Alegrias incertas

Beijos hipotéticos
Família inerte
Filhos eternos

Tristeza esporádica
Sonhos certos
Morte concreta

Somos únicos no todo
Somos todos em  um 
Sou tudo e nada sou
Sou um sopro que se passou
Alívio e dor








sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O SUS e a nova CPMF...





                  Comemoramos 23 anos da criação do SUS esse ano, fruto de anos de luta do movimento da  “Reforma Sanitária”, o qual corajosamente lutou por um sistema de saúde que fosse de acesso Universal.Enfim, conseguimos implantar tal modelo na constituição de 1988, mas estamos gerenciando ele de forma correta?
                Após a garantia constitucional, inúmeras normas, portarias e resoluções foram geradas para garantir a operacionalização dos princípios e diretrizes do SUS. Conseguimos, triunfantemente, descentralizar os serviços, expandir o acesso a atenção básica, bem como a alta complexidade. Entretanto, a qualidade dos serviços de saúde, principalmente no setor de urgência e emergência, tem deixado muito a desejar. Seria  a falta de recursos para bancar tal sistema a razão desse lamentável fato?
                A União gastou apenas 1,76 % de suas riquezas em saúde em 2010, enquanto a soma dos investimentos feitos pela União, Estados e Municípios representaram apenas 3,62 % do PIB do país nesse mesmo ano.Vale ressaltar que a média gasta por outros países da America Latina gira em torno 4,6%. A constituição obriga os Estados investirem 12 % de suas arrecadações na Saúde, porém muitos não cumprem tal determinação, o nosso Estado, por exemplo, investiu  9,64 % do seu PIB em 2010 . Não bastasse o baixo financiamento governamental, segundo dados do TCU, foram desviados 2,3 bilhões da saúde entre 2003 e 2011, correspondendo a um terço de toda corrupção identificada no Brasil para o período, ou seja, cerca de 255 milhões/ano foram furtados dos cofres públicos.
                Segundo dados do IBOPE,  a saúde foi considerada o setor mais problemático em 2011 na opinião dos brasileiros. Não poderia ser diferente, uma vez que o Brasil é único país do mundo com Serviço Universal de Saúde em que o setor privado investe mais do que o setor público.
                Muito nos estranha os Estados e o Governo Federal pressionarem o congresso para a aprovação da Contribuição Social para Saúde (CCS), também conhecida como “antiga CPMF”. Como podemos injetar mais água em um “caixa d’água” repleta de vazamentos? Embora o Governo afirme que o montante desviado corresponda apenas a 0,045% dos custos em saúde feitos pela União, não deixa de ser preocupante o descaso dessa situação. Além disso, os investimentos no setor público ainda são insuficientes e mal gerenciados, o que favorece a corrupção no setor.
                Não precisamos, portanto, de mais um novo imposto, como sabiamente foi rejeitada pela Câmara dos Deputados. Ao contrário, precisamos  aumentar os investimentos da União, Estados e Municípios na saúde, realizar auditorias de qualidade e melhorar o planejamento do SUS. Vivemos um caos gerencial na saúde que, com certeza, não é devido a falta de recursos públicos e de  profissionais para atuar no setor, como insiste em dizer alguns gestores movidos por interesses particulares e partidários.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Homenagem a Socorro Martins


Os mansos comerão e se fartarão;  louvarão ao SENHOR os que o buscam e o vosso coração viverá eternamente"  ( Sl 22:26 )

Mas os mansos herdarão a terra  e se deleitarão na abundância da paz"   ( Sl 37:11 ).

                O que seria um manso de coração aos olhos do pai celestial? No famoso sermão das montanhas, cristo também nos fala sobre a verdadeira bem aventurança, e revela-nos a recompensa dos mansos: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra". Alguns poderiam questionar, mas a Tia socorro era tão mansa e humilde, mas nunca teve nada de valor nessa terra? Seria uma injustiça de Deus??
            Amados irmãos, estaria Deus falando-nos de coisas desse mundo? Dinheiro? Fortuna? Como resposta cito as palavras do próprio cristo: "Não ameis o mundo, nem as cousas que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." (1 João 2:15-17).
            Ser manso é viver a vida em cristo e por cristo, não temos dúvida que a Socorro Martins dedicou toda a sua vida ao Pai celestial. A Terra prometida não é nesse mundo, nem poderia ser, uma vez que as fortunas são ilusões efêmeras aos olhos do pai. A terra em que reinaremos será ao lado do grande arquiteto do universo, local do descanso eterno, da verdadeira paz de espírito. Sendo Assim, não nos resta dúvida, pelo exemplo de dedicação, altruísmo e renúncia, que a “Tia socorro” é uma “Rainha” no reino dos céus e está sentada ao lado do paizinho amado, livre de todos os sofrimentos desse mundo!!
            Tia socorro foi exemplo, pois escutou o chamado e sem questionar seguiu a cristo!! Ela serviu a comunidade, enriqueceu sua igreja, louvou a Deus e construiu grandes amizades!! A saudade sempre permanecerá, mas temos a certeza que ela reina em um local mais próspero e belo, somando-se as fileiras dos anjos do céu. Sua vida nos mostra o seguinte exemplo, principalmente nesses últimos 03 anos: "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar e em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco   ( 1Ts 5:16-18).Em nenhum momento demonstrou revolta contra sua doença, pelo contrário, com sabedoria soube louvar a Deus por cada ano de vida e  intensificou mais ainda seu trabalho a cristo e aos menos favorecidos.
            A vida é uma passagem, o que fica são nossas ações; e muitas sábias palavras e ações da “Tia socorro” reverberarão para sempre nesse mundo, principalmente nos corações de seus amigos e familiares.

domingo, 11 de setembro de 2011

O verbo


Antes vivíamos no próprio verbo
Mas do verbo nos afastamos
Aprendemos a falar e esquecemos o verbo
E o verbo se fez carne
Carne para a todos mostrar sua ação
A ação do verbo é única e infinita
Manifestada em todos os povos
Mostra ao homem o caminho
Nesse mundo muitos falam
Mas poucos verbalizam
O verdadeiro verbo que deveríamos conjugar clama por uma chance
Uma oportunidade
Comecemos esquecendo nossa vontade
Dando acesso ao verbo
Para que toda a vida seja restaurada
Pois não há dúvida das manifestações benfazejas do verbo
Voltemos para o interior da terra
E o verbo nos mostrará o caminho do verdadeiro Tesouro
Pedras preciosas, ouro e diamantes
Tudo são vis demonstrações
Se comparadas a verdadeira riqueza que o verbo pode nos proporcionar
Pois o verbo se faz carne, ontem, hoje e sempre

sábado, 10 de setembro de 2011

Ser Poeta



Ser poeta é ver além do tempo
É analisar o desconhecido
É Observar as delicadas sendas da vida
É despertar no interior a tormenta

Somos poetas quando damos chance aos sentidos
Somos poetas quando saímos do espesso véu para conhecer o mundo
Somos poetas quando nosso olhar pesa em lágrimas
Somos poetas quando criamos símbolos inexprimíveis

Somos poetas intensivos
Poetas silenciosos
Poetas desconhecidos
Ocultos e Analíticos

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Frases ao Vento



Ama a Deus e não aquilo que ele pode proporcionar-te..

Se não fossem as tribulações da vida, não poderíamos nos conhecer e entender o verdadeiro significado da humildade....

O sal das lágrimas nos faz lembrar o doce sabor da alegria...
  
O que seria da calmaria se não fosse a tempestade?A alegria sem antes o gosto amargo e salgado das lágrimas? Vivamos a alegria plenamente,mas na certeza que tribulações sempre virão....

Não confiemos totalmente em nossas interpretações sensoriais, pois na grande maioria das vezes são falhas e limitadas... 

A justiça humana vem de bases incertas e frágeis, assim não esperemos dela mais que reflexos da luz que inspira a verdadeira justiça...

Sejamos um só corpo e rapidamente erradicaremos todas as mazelas da sociedade...

Somos livre para seguir o bem,não para fazermos o que temos vontade...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pedra Bruta


 Olhar firme no interior com cautela
 Aqui jaz grande pedra rústica
Com salientes deformidades e pontas
Com temor, respeito suas sombras

Armado estou com o cinzel e o maço
Com duros golpes inicio o desbastamento
Faíscas e gritos saltam aos lábios
São a dores de profanos anos perdidos

Ao amanhecer, tudo justo e medido, início os trabalhos
 Com cautela, as arestas formadas, observo
De dia e de noite trabalho
Assusto o vício
 Virtudes  adquiro

Início o polimento
Em um humilde trabalho
A luz, caminhos abro
Da Ilusão a realidade
Permito prevalecer à verdade

sábado, 20 de agosto de 2011

Sociedade dos Poetas Mortos

                                ...  Depois de 22 anos do filme!!Assim registro minhas lembranças...


Onde estão os poetas adormecidos de outrora?
Sociedade de poetas mortos
Oprimidos
Engasgados
Perdidos
Caminham silenciosamente por todos os lugares
Nas ruas, no trabalho, parques e escolas
Tudo observam e admiram
Encantam-se, mas não escrevem o que notam

Onde adormecem os poetas de outrora?
No amor reprimido
Nas opressões diárias
Na  acelerada marcha da vida
No desgaste inadiável  diário
Onde posso encontrar a doçura de outrora?

Ressuscitem poetas adormecidos
O mundo lhes exigem vida
Externem a doçura da vida
Devolvam o canto aos pássaros
Dêem ao Ar o vento
Espalhem a poeira 
Entreguem-se a imaginação


Afastai-vos do espesso véu da vida
Como não registrar o suave e delicado ar que rompe fronteiras e expande nossos pulmões?
A calmaria que vem das batidas da morada do fogo interior?
O som dos acordes de um violão?
A canção no meio da escuridão?

Sociedade dos poetas mortos
Vencei os obstáculos
Mantenham-se firmes no propósito
Semeando esperança
Adoçando amargas vidas
Devolvendo ao mundo a alegria advinda dele.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Esquina sombria




Sombria esquina
Rastro de sangue na pista
Moto no chão
Tórax instável
Espírito dilacerado
Lamentação em vão

Olhar fixo e midriático
 Estetoscópio na mão
Óbito comprovado
Triste constatação

Mais uma vida perdida
Lagrima contida
Lembranças oprimidas
Sem tempo para reflexão
Seguimos nossa missão

sábado, 13 de agosto de 2011

Proteção Divina


Protege-me  pai de meu ser corporal
Ilumina a escuridão que se encerra em meu ser
Dai-me sabedoria nas conclusões oriundas da minha percepção
que esta não ludibrie meu pensar

Protege-nos  pai de  nossa má vontade
e do  mal uso do nosso livre-arbítrio
Ajuda-me a tua luz espalhar
Ajuda-nos a vencer as barreiras da ociosidade

Sou um Ser intelectual e espiritual, enclausurado em uma casca sensorial
Indigno  até de pensar em ti
Mesmo assim, para aqueles que te abrem a porta
Tu ainda sopras teu amor misericordioso
Vento forte que vem do oriente
Clareando-nos a mente
Dando-nos sentido a existência




sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Liberdade


Liberdade
Antes mesmo de te conhecer, tu já me conhecias
Suave e doce é o teu nome
Doloroso e amargo são teu sabor e tua conquista
Tortuosos são os caminhos que nos desviam de ti
Liberdade ainda que tardia
Liberdade
Quantos não morreram por ti
Quantos foram privados de te dar ação
Quantos homens livres não entenderam tua essência
Quantos se ofuscaram com tua luz
Liberdade ainda que tardia
Liberdade
Tua lei é universal
Teu germe habita no interior do homem
Pode este te deturpar
Mas nunca te apagar
A todos os homens clamo:
Liberdade ainda que tardia