domingo, 8 de junho de 2014

Um convite a olhar para cima.








                   


       

"Esquecemos de observar as reações corporais do próximo e tememos o cruzamento dos olhos em sua dança dialética"




              Repentinamente percebi que esse não será somente o século da informação e da tecnologia, mas também dos relacionamentos humanos.Reaprender a se relacionar será o objeto mais cobiçado da nova sociedade cibernética. Desde os primórdios vivemos em bandos, organizamo-nos em um determinado momento histórico, deixando de ser nômades para construir raízes  próprias,  e , assim, criamos grandes nações. Por fim, construímos o Estado para legitimar e normatizar nosso convívio coletivo. Inventamos, inclusive, a "Cultura", para descrevermos a curva de normalidade de hábitos de uma nação, uma identidade nacional.
             A história nos mostra fortes evidências que necessitamos de “gente da gente” ao nosso lado para sermos plenamente felizes.Temos um desejo inconsciente inato de estarmos engajados entre alegrias e dramas humanos.
       O maravilhoso acervo tecnológico que possuímos pode se transformar em um tormento na medida em que perdemos a oportunidade de olhar com engajamento as pessoas ao nosso redor. Estamos desaprendendo a dar atenção e a desenvolver empatia. Esquecemos de observar as reações corporais do próximo e tememos o cruzamento dos olhos em sua dança dialética. Desaprendemos o “rapport “ até em uma simples mesa de bar. A fala, em um discurso, corresponde apenas a 7% da comunicação, portanto o menos significante.
          O que mais fazemos é mirar para baixo em movimentos horizontais/verticais de olhar desviado, fortificando ágeis dedos em smartphones, deixando de desenvolver  nossa capacidade de troca e entrega por um momento com amigos e familiares.
        Estou olhando mais para cima, observando mais nuances antes desapercebidas. Quero está presente de corpo e alma, mais conectado com a beleza das estórias e dramas humanos. Bem vindo ao século da relações. Convido-o a olhar para cima e observar a maravilhosa atmosfera das relações humanas.







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