A
vida dividida entre a majestade da fama e o deserto da vida intima. Como foi
doloroso ver a relação pai/filho em destroços no Filme do Luiz Gonzaga. Como
nossas expectativas, experiências, dramas e decisões podem desmoronar a vida
particular de um filho. Como uma relação que é utilizada como analogia de amor
entre divindades e mortais pode carecer da ação do amor? Como é possível
assimilar Deus como "pai querido" quando esta referência nunca
existiu?
Frustrações e decepções são
disfarçadas entre sorrisos dissimulados, emaranhados em falsos símbolos
mercantis, que enganosamente aparentam complementar a presença física do gênero
humano. Abrir a carteira ao filho nada garante, nada substitui o amor real. Por
outro lado, a incompreensão dos filhos as dores dos pais muitas vezes é de uma
crueldade ímpar. Os filhos acreditam ser o centro da vida de seus Pais e pouco
se interessam em conhecer a trajetória de vida dos seus progenitores, insistindo acreditar que não existem "masmorras obscuras" no
inconsciente de seus heróis.
Renato Russo estava certo: " Você me diz que seus pais não lhe
entendem, mas você não entende a seus pais...são crianças como você, o que você
vai ser quando você crescer". Desperdiçamos a oportunidade de conhecer
lindas vidas e histórias de superação ao nosso lado, perdemos a oportunidade de
desenvolver relações verdadeiras, reais e palpáveis no seio do nosso Lar!
A vida insípida de um lar pode ser
irreversível, “o tempo não pára”
cantou Cazuza, apenas o presente instante existe, nem sempre as lágrimas do
passado podem ser adoçadas no futuro. Três são as virtudes teologais:
a fé, a esperança e o amor, mas enfatiza-se, não em vão, que a maior entre elas é o Amor( 1°
COR 13:13)
Tenhamos, portanto, fé em nossa humanidade, esperança de sempre poder recomeçar e transformar os rumos de nossa vida, e amor para
nos guiar nas trilhas da compreensão, harmonia e concórdia.
Por outro lado, o perdão cabe em qualquer coração, eis
que o amor discretamente está a porte e bate...pode a mágoa se dissipar com abraços entre
prantos, não em um duelo da fria e lógica razão.Enfim, amemos, amemos e amemos...
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